Centenas de milhares de pessoas se reuniram nas ruas de Berlim, neste sábado (26), para celebrar a Parada do Orgulho LGBT+. Para garantir a segurança dos frequentadores, a polícia reforçou o policiamento após ameaças de grupos de extrema-direita de coibirem a marcha pelas ruas nos arredores do Portão de Brandemburgo e do Parlamento Alemão.

Por questões de segurança e o receio de confusão, outras cidades alemãs cancelaram as marchas planejadas.

Outro ponto polêmico foi a recusa do Parlamento em hastear a bandeira do arco-íris, símbolo do movimento LGBT+, na cúpula do Bundestag. A decisão partiu da conservadora Julia Klöckner, presidente do parlamento. A medida foi criticada, porém recebeu o endosso do premiê Friedrich Merz. Entre os deputados, houve quem dissesse que o Parlamento não era um circo para aceitar uma bandeira colorida.

Tradicionalmente, a sede do Legislativo alemão recebe a bandeira durante o mês de junho, tradicional mês do Orgulho LGBT+ e que marca o início do verão europeu.

Berlim é reconhecidamente uma das cidades mais liberais da Europa, com bares e clubes dedicados ao público LGBT+. A Parada da cidade é uma das mais reconhecidas do continente, mas enfrenta um esvaziamento pelo avanço do conservadorismo e da ameaça de violência.