Karine de Oliveira Campos
Reprodução/Jornal da Band
A investigação da Polícia Federal condenou uma criminosa conhecida como “rainha do pó”. A criminosa chefiava uma quadrilha que mandou toneladas de cocaína para a Europa.
Os vídeos, achados no celular de um traficante, indicam o local onde a cocaína estava escondida. Antes de enviar a droga, os traficantes gravavam e enviavam as imagens aos compradores na Europa como garantia de que a cocaína havia sido embarcada nos contêineres.
Os vídeos também serviam para ajudar na localização do entorpecente.
“Aqui já “desmontemos” o pallet, certo? Ele vai sair desse jeito. Vai estar no segundo e no terceiro”, diz um criminoso.
Segundo a PF, o esquema era chefiado por Karine de Oliveira Campos, conhecido como “rainha do pó” e pelo marido dela. O grupo, que atuava a partir de portos de Santos e do sul do país, teria movimentado quase R$ 1 bilhão no envio da droga para a Europa.
Nesta semana, Karine foi condenada a 4 anos e 8 meses de prisão em regime semi-aberto por associação ao tráfico. Segundo o juiz Roberto Lemos, ela “ocupava posição de liderança na organização criminosa”.
Em 2020, Karine chegou a ser condenada há 17 anos por tráfico internacional. Mas, em 2024, o Superior Tribunal de Justiça anulou provas consideradas ilegais. A defesa alegou que a polícia fez uma busca em uma imobiliária em Balneário Camboriú, antes da decisão judicial ter sido registrada no sistema.
Não foi a primeira vez que ela se beneficiou de decisões judiciais. Em 2021, conseguiu prisão domiciliar alegando que os filhos pequenos precisavam de cuidados. Karine é investigada por tráfico há 14 anos.