Flip vai até o dia 3 de agosto em Paraty, na Costa Verde Fluminense
Divulgação/Flip
A 23ª edição da FLIP, que começa nessa quarta-feira (30) celebra Paulo Leminski (1944-1989) como autor homenageado, destacando um dos poetas mais inovadores da literatura brasileira.
O curitibano – que ganhou o apelido de “samurai malandro” – foi muitos em um: além de escritor, trabalhou como jornalista, publicitário, tradutor, compositor, professor de cursinho. Faixa preta de judô e apaixonado por haikai (poesia tradicional japonesa), transitou entre prosa e verso, mesclando como poucos o erudito com o popular.
Sua vasta obra inspira toda a curadoria e está presente em múltiplas frentes durante o festival.
Na abertura do evento, nesta quarta-feira, uma presença titântica: Arnaldo Antunes comanda a mesa “Essa noite vai ter sol”, explorando conexões “leminskianas” entre prosa, poesia e música. Ana Lima Cecilio, curadora literária da festa pelo segundo ano, destaca Arnaldo como o artista ideal para atualizar o legado de Leminski.
A programação principal da FLIP (21 mesas) abre a manhã de quinta com “Caprichos e relaxos” mesa com Fabrício Corsaletti e Lilian Sais, poetas que, como Leminski, transitam entre gêneros literários. Tarso de Melo mediará o encontro focado em autores que entendem a poesia como exercício planejado e espontâneo.
Também chama Caprichos & Relaxos (nome do primeiro livro de poemas de Leminski) um palco inédito que receberá quinze poetas brasileiros para performances autorais, consolidando a poesia como eixo central desta edição.