Torcida do Palmeiras levou cestas de doces para os jogadores como protesto
Reprodução/Redes Sociais
Os torcedores levaram cestas com produtos como Nutella, leite Ninho e Yakult ao centro de treinamento, em uma cobrança irônica aos atletas. Entre as mensagens, havia a pergunta: “Falta algo para você?”. Para Neto, a manifestação foi um ato de genialidade.
Não foi do caramba a torcida do Palmeiras? Ô, [Paulo] Serdan, parabéns à Mancha. Para mim, foi a maior [manifestação] de todas, desde quando eu fui jogador e agora como comentarista. Não existe uma parada como essa. Ô, Serdan, você é um monstro. É coisa de gênio. Não faltou com respeito, não agrediu, não xingou ninguém – Neto.
Neto contrapôs a ação pacífica dos palmeirenses à depredação causada por torcedores do Santos na estação de metrô Morumbi, após jogo do time no estádio do São Paulo. “O cara que faz isso é bandido. Para mim é bandido, não é torcedor, é vagabundo”, disse.
O Craque Neto ainda aproveitou o tema para criticar o que considera uma fragilidade dos jogadores atuais em lidar com pressão.
“Hoje o jogador não pode tomar pressão. É igual criança do jardim da infância, jogador hoje é assim. Não pode falar que o Garro não fez gol em 19 jogos. A torcida, a web fica brava comigo. O jogador, hoje, é leite Ninho”, disse o apresentador.
Comentaristas analisam a repercussão do protesto
Os comentaristas do programa concordaram com a análise de Neto. Velloso, ídolo do Palmeiras, classificou o protesto como “inteligente” e uma forma de a torcida se comunicar com um elenco que considera distante.
“Hoje é dessa forma que a torcida consegue se comunicar. Não tem acesso, não pode chegar perto. Foi um protesto inteligente, mostrando que o Palmeiras precisa ter uma atitude que não está tendo. A pipoca eles esperam que não seja usada mais tarde no jogo”, analisou Velloso, que também destacou a pressão sobre o técnico Abel Ferreira. “É uma pressão que ele nunca viveu”.
Souza também viu a manifestação como “inteligentíssima” e defendeu o direito do torcedor de cobrar o time de forma pacífica. “O torcedor tem direito à cobrança quando é pacífica assim. Apesar de o Palmeiras ser um time que tem ganhado tudo, precisa se cobrar. O atleta hoje que não estiver preparado para uma pressão, não tem condição de jogar, principalmente em time grande”, afirmou.
Gustavo Soler, setorista do Palmeiras, acrescentou que a ação foi uma consequência do isolamento do clube em relação à sua torcida. Segundo ele, a principal mensagem estava na pergunta deixada junto aos produtos:
“Falta algo para vocês?”. Soler pontuou problemas táticos e físicos e falou sobre o ambiente ‘coach’ nos bastidores do Verdão. “Acho que o jogador tinha que chegar em casa e refletir: o que está faltando para ganhar do Corinthians?”, finalizou.
Ao final da análise, Neto projetou uma possível reação do técnico Abel Ferreira caso o Palmeiras se classifique. Segundo o apresentador, o português, que teria recebido uma cesta com vinho português, poderia ironizar o protesto na entrevista coletiva. “Se ele ganhar o jogo por 2 a 0, ele aparece com o Yakult. Ele vai comer uma pipoca na coletiva. Pipoca com Nutella. Se ele ganhar e classificar, vai comer pipoca na coletiva. Você vai ver”, concluiu.
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