O presidente Lula e o vice Geraldo Alckmin estavam reunidos com uma empresa europeia de helicópteros quando a supertaxação dos Estados Unidos foi normalizada. Para o governo brasileiro, as exceções acabam mostrando um recuo de Trump.
Lula e Alckmin chegaram à conclusão de que não há dúvida de que a medida foi política, não econômica, e que a pressão das indústrias brasileiras e norte-americanas funcionaram. No fim da tarde, Lula convocou ministros para uma reunião de emergência no Planalto.
Durante a manhã, antes da formalização do tarifaço, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, se encontrou com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, em Washington. Na reunião, o chanceler brasileiro afirmou que o Brasil negocia comércio e tarifas menos a soberania nacional.
Governo quer ampliar lista de exceções
Com o adiamento do tarifaço para 6 de agosto, o governo quer ampliar a lista de exceções, colocando, por exemplo, o café e a manga. Nos bastidores, integrantes da mesa de negociação acreditam que esses dois itens podem ser anunciados separadamente.
O governo ainda trabalha em um plano de contingência, mesmo com a lista mais enxuta de setores afetados. A equipe econômica calcula o que seria necessário e quais setores precisariam de auxílio para manter empregos.
“Nós vamos ter medidas de contingência. Essas medidas de contingência não passam, neste momento, por uma retaliação tarifária. Aumentar tarifas de importação, neste momento, implicaria em aumentar o valor dos produtos que são adquiridos pelo povo brasileiro. Isso gera inflação no Brasil”, disse Simone Tebet.