Hoje, ele trocou os disfarces por microfones e dá palestras sobre segurança, fraudes e golpes, temas que domina como poucos.

Marcelo relembrou que sua história foi amplamente divulgada pela primeira vez em 2001, após uma entrevista com Amaury Júnior. Desde então, sua vida inspirou livros, documentários e até um filme estrelado por Wagner Moura.

O golpista destacou que Wagner Moura nunca foi sua escolha para representá-lo e não poupou críticas ao filme. Segundo Marcelo, muitos aspectos de sua vida foram alterados para a adaptação cinematográfica, o que torna a história contada uma mentira. “Meu pai nunca foi piloto, minha mãe nunca foi cabeleireira”, exemplificou. Ele afirmou que o documentário sobre sua vida é muito mais fiel aos fatos reais do que o filme, que, segundo ele, romantizou e mudou excessivamente sua história.

O filme inteiro não retratou exatamente o que aconteceu, muitas coisas foram mudadas. Eles deram outra conotação, tanto que nas minhas redes sociais as pessoas falam que o documentário é muito melhor do que o filme. 

Apesar disso, Marcelo destaca que não têm críticas a execução do filme, mas sobre o roteiro em si. “Eu não me enxergo daquela forma, até porque eu sei da história real. O filme foi um sucesso… Sobre a execução é inquestionável, meu problema é sobre o conteúdo”, disse.

Marcelo ficou preso por anos, fugiu da cadeia 9 vezes e, atualmente, atua como palestrante e consultor de prevenção de golpes e fraudes.