No Ministério da Fazenda, Fernando Haddad trabalha em um plano para socorrer as empresas afetadas. O governo avalia pagar, como auxílio, um salário mínimo por trabalhador dos setores atingidos, além de crédito mais barato aos empresários.
Brasil não pretende retaliar tarifas americanas
O ministro disse que o socorro vai ficar dentro da meta fiscal e que o Brasil não pretende retaliar as tarifas americanas.
“Nós nunca usamos esse verbo para caracterizar as ações que o governo brasileiro vai tomar. São
Ações de proteção à soberania, da nossa indústria, do agro. São medidas de reação para proteger a economia brasileira”, disse.
Apesar de descartar retaliação total, o governo ainda avalia adotar a chamada “reciprocidade” para alguns setores. Mas qualquer medida será anunciada depois de 7 de agosto, nova data para a taxação entrar em vigor. Até lá, as negociações continuam. Cerca de 35% dos produtos que o Brasil vende aos EUA sofrerão com o aumento das tarifas.
Na próxima semana, um pronunciamento de Lula vai ao ar em cadeia nacional de TV. O presidente vai reforçar o discurso de que a soberania nacional é inegociável e que a nova taxação é injustificável. A expectativa é que o presidente fale sobre medidas de apoio a setores afetados e sinalize que está aberto a negociação.