Os cuidados contra golpes virtuais
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O delegado Emmanoel David, da Delegacia de Estelionatos de Curitiba, participou do programa Bora PR da Band e fez um alerta sobre os golpes mais comuns registrados atualmente na capital. Segundo ele, todos os dias novas vítimas comparecem à delegacia após sofrerem prejuízos significativos.
“Todo dia nós temos vítimas que vão na delegacia acreditando que estão recebendo um presente, por exemplo, e passam uma maquininha de cartão. O criminoso acaba fazendo transferências naquela maquininha. São prejuízos de dez mil, vinte mil, trinta mil reais”, disse.
Entre os golpes mais recorrentes está o chamado golpe da novinha, ou estelionato amoroso, em que as vítimas são enganadas emocionalmente por criminosos que se passam por pretendentes amorosos nas redes sociais.
“As vítimas acreditam que estão falando com o príncipe encantado na internet, fazem transferências bancárias para ajudar essa pessoa e acabam tendo prejuízos financeiros. Muitas delas não acreditam que estão sendo vítimas. Vão à delegacia com psicólogo, com mãe, com a filha… É lá que cai a ficha”, explicou o delegado.
Segundo David, muitas vítimas não registram boletim de ocorrência por vergonha, o que dificulta a investigação.
“A gente chama isso de cifra negra. A vítima não vai à delegacia, não faz BO, e isso gera consequências. Prejudica a investigação e permite que o criminoso continue aplicando golpes”, afirmou.
Ele reforçou que o registro do boletim é essencial, principalmente nos casos de estelionato, em que os envolvidos costumam estar em diferentes estados do país.
“Às vezes o criminoso está em São Paulo, a conta está no Rio e o titular é da Bahia. O BO permite o cruzamento de dados, como número de telefone e conta usada, para identificar se é um golpe isolado ou uma associação criminosa”, concluiu