“A Câmara Municipal de Curitiba não compactua com discursos que, de forma direta ou indireta, possam configurar apologia ao uso de drogas ou incentivo a qualquer prática ilícita. As audiências públicas são instrumentos legítimos de participação popular e expressão democrática, e o papel da Presidência e da estrutura administrativa da Câmara é garantir sua realização, sem interferência no conteúdo dos debates ou censura prévia a manifestações da sociedade civil.”

Durante a sessão, Professora Ângela defendeu a legalidade do debate e negou que tenha havido incentivo ao consumo de drogas.

“Foi um encontro riquíssimo que contou com especialistas, ativistas e movimentos sociais da cidade que discutem os problemas gerados pelo proibicionismo. Tenho plena certeza de que nada do que ocorreu na audiência feriu o decoro parlamentar”, afirmou.

Ela também ressaltou que o material distribuído abordava a estratégia de redução de danos.

“Se qualquer pessoa ler corretamente o material, vai ver que ele é de redução de danos para quem já é usuário, não é um incentivo para iniciar o uso. Essa é uma política pública de saúde eficiente, respaldada por profissionais e adotada em diversos países”, destacou.

A parlamentar acusou o vereador Da Costa de tentar interromper o evento.

“Infelizmente, ele preferiu ter uma postura imatura, com o intuito de fazer um corte para as redes, distorcendo com mentiras o nosso debate. Não aceitarei esse tipo de postura”, declarou.

O pedido de cassação apresentado por Da Costa será analisado pela Câmara Municipal. Professora Ângela afirmou que seguirá defendendo mudanças na política de drogas e que “não tolerará mentiras nem manipulações para causar desinformação”.