Hugo Motta reocupa Mesa Diretora da Câmara após obstrução da oposição
Bruno Spada/Câmara dos Deputados
O presidente da Câmara, Hugo Motta, decidiu tomar providências contra alguns dos deputados que invadiram o plenário esta semana, impedindo o trabalho legislativo.
São pelo menos 14 deputados da oposição que poderão ter os mandatos suspensos por até seis meses. Eles são alvos de representações após participarem da obstrução do plenário da Câmara no início da semana.
Entre eles, Marcos Pollon, Paulo Bilynsky, Julia Zanatta e Zé Trovão – do PL, e Marcel Van Hattem, do Novo. As denúncias foram encaminhadas para a Corregedoria Parlamentar, que vai definir quem, de fato, impediu os trabalhos, e indicar as punições cabíveis. Depois, os casos devem ser enviados para análise do Conselho de Ética.
A deputada Camila Jara, do PT, foi denunciada pelo PL – partido do ex-presidente Jair Bolsonaro – por supostamente empurrar o colega Nikolas Ferreira no plenário.
O caso dela não consta na lista divulgada pela presidência da Câmara por não ser acusada de obstrução.
Mas também deve ser avaliado pela Corregedoria, com possível penalidade diferente dos demais. Assim que for comunicado, o corregedor tem 48 horas para dar uma resposta sobre os pedidos de suspensão.
Nos bastidores, a decisão de Hugo Motta foi entendida como um ato de afirmação de autoridade e que ele seria desmoralizado se não houvesse punição aos envolvidos.
O principal ponto de um acordo para acabar com a ocupação foi mudar o foro privilegiado.