Hub logístico da Tríplice Fronteira
O novo terminal será estratégico para consolidar Foz do Iguaçu como o principal hub alfandegário da Tríplice Fronteira, impulsionando o comércio exterior entre Brasil, Paraguai e Argentina.
“Esse empreendimento é um marco para a logística paranaense e brasileira. Vai trazer muito mais tranquilidade e eficiência no escoamento e na entrada de cargas no Paraná”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior.
A iniciativa conta com o apoio do Governo do Estado, da Receita Federal e está integrada a outras obras de infraestrutura da região, como a duplicação da Rodovia das Cataratas, a construção da Perimetral Leste e da nova Ponte da Integração Brasil–Paraguai.
Modernidade, segurança e conforto
A nova unidade ficará às margens da BR-277, em um terreno de 550 mil metros quadrados. A estrutura terá 197 mil m² de pátios, 7,2 mil m² de área coberta para armazenagem e vistoria, além de 600 m² de câmaras frias com três docas exclusivas.
Scanners de inspeção não invasiva,
Sistemas automatizados de pesagem e identificação,
Estrutura para cargas excedentes,
Áreas de apoio para motoristas com banheiros e salas de descanso.
A construção será feita em duas fases. Na primeira, serão investidos R$ 240 milhões para implantar o pátio de caminhões.
Impacto regional e planos futuros
O prefeito de Foz do Iguaçu, Joaquim Silva e Luna, destacou o impacto regional do empreendimento:
“O novo Porto Seco representa uma mudança de patamar na mobilidade e no transporte de cargas na nossa cidade e região, com grande potencial de fomentar o comércio internacional.”
O presidente da Multilog, Djalma Vilela, reforçou a visão estratégica da empresa para a região:
“Este novo terminal é três vezes maior que o antigo. Aqui teremos um tráfego fluído e com maior capacidade de carga.”
Ele adiantou ainda que a empresa pretende construir um terminal de contêineres no local, com o objetivo de captar parte da carga que hoje é escoada via Porto de Montevidéu, no Uruguai, passando a operar pelo Porto de Paranaguá, cuja distância até Assunção é 400 quilômetros menor.
Capacidade dobrada e operação em 2026
Com previsão de entrar em operação em dezembro de 2026, a empresa tem um prazo de concessão de 35 anos. A previsão é de que o novo Porto Seco duplique a capacidade atual, que em 2024 movimentou 8,6 milhões de toneladas de cargas e gerou uma receita de US$ 8,6 bilhões (R$ 47,4 bilhões).
A licença de operação para o início das obras foi emitida em julho pelo Instituto Água e Terra (IAT). “Nosso trabalho tem sido célere, com uma segurança técnica muito grande, para que o desenvolvimento econômico aconteça dentro das regras ambientais”, afirmou o presidente do IAT, Everton Souza.