Samir Xaud, presidente da CBF
@rafaelribeirorio l CBF
O Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) suspendeu as investigações contra o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, que era alvo da Operação Caixa Preta, deflagrada pela Polícia Federal para apurar suspeitas de crimes eleitorais no estado.
Em decisão divulgada nesta quinta-feira (31), o vice-presidente do TRE-RR afirmou que “não restaram demonstrados elementos concretos de autoria e materialidade delitiva capazes de associar a participação do paciente na prática de crime eleitoral”. O magistrado também apontou “grave constrangimento ilegal na decretação de busca e apreensão” e considerou “desproporcional” a medida contra o dirigente máximo do futebol brasileiro.
A Operação Caixa Preta cumpriu, na última quarta-feira, dez mandados de busca e apreensão em Roraima e no Rio de Janeiro, incluindo a sede da CBF. Apesar da ação, nenhum material foi apreendido na entidade. Segundo a PF, as investigações começaram em setembro de 2024, após a prisão em flagrante do empresário Renildo Lima, marido da deputada estadual Helena da Asatur (MDB), com R$ 500 mil em espécie – parte do valor escondida na cueca. O dinheiro teria como destino a compra de votos nas eleições municipais.
O cartola tentou ser candidato federal pelo MDB do estado em 2022, mas não foi eleito.
Com a suspensão determinada pela Justiça Eleitoral, Xaud comemorou o desfecho parcial do caso. “Sei de onde eu vim, sei quem eu sou e mantive a tranquilidade nos últimos dias, apesar da injustiça cometida e da grave exposição negativa da minha imagem. Seguirei trabalhando com foco, fé e honestidade em prol do futebol brasileiro”, declarou em nota divulgada pela CBF.