Edu Dracena fez um duro diagnóstico da situação do Atlético-MG durante o Jogo Aberto desta terça-feira (23). O comentarista criticou o funcionamento da SAF alvinegra em meio às denúncias de atraso de salários e de direitos de imagem, e alertou que transformar o clube em empresa não é garantia de estabilidade financeira.

“Quando um clube associativo se torna SAF, não existe nenhuma garantia de que os problemas estão resolvidos. Mas isso não deveria acontecer”, afirmou Dracena. “Por trás do CNPJ da SAF tem o CPF dos donos. E esses donos têm banco, vinícola, construtora… mas não conseguem cumprir o que prometeram ao Atlético.”

A fala veio após a revelação de que os jogadores do elenco notificaram o clube extrajudicialmente pelos atrasos, e que o atacante Rony foi além, acionando a Justiça para receber o que tem direito. “Eles compraram o Atlético, assumiram um compromisso. Agora precisam cumprir. Não dá pra terceirizar culpa”, reforçou.

O comentarista também apontou um possível desgaste interno no vestiário. “Parece que existe um racha. Foi o que ficou demonstrado nas postagens do Lyanco e do Gustavo Scarpa. A situação não é das melhores.”

O debate ainda tocou no esvaziamento estrutural do clube desde o auge em 2021. “O Rodrigo Caetano saiu, o cara do marketing saiu, tentaram cinco treinadores, cinco diretores… e só foram tapando buraco. Agora chamam o Cuca e o Brax, que conhecem a casa, mas não fazem milagre se os donos não comparecem.”

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